Uma fresta de luz invade o quarto, abro os olhos com dificuldade olha para o relógio e percebe que já é hora de levantar. Lá estou mais uma vez esperando o ônibus, ansiosa olha para o relógio, ele esta atrasado. Aguardando na fila para pegar o seu segundo ônibus coloco o fone de ouvido e começa a ouvir minhas musicas favoritas. Observando toda a movimentação das pessoas fico pensando na quantidade de historias que estão ali, algumas alegres outras nem tanto assim.
Curiosa observo a todos e cada um possui uma historia diferente para contar, tem a moça em pé conversando com o amigo sobre seu namorado. Logo ao lado dois senhores discutem a política do país, também tem os estudantes indo para a escola.
O ônibus anda e a cada ponto entra mais alguém, logo esta lotado,e o stress e desconforto aumentam, as pessoas se apertam, algumas xingam outras fazem caras feias. A diversidade aumenta, é possível encontrar gente de todos os tipos, de todas as tribos, e idades.
A maior parte do tempo da vida é passado assim dentro de um ônibus, circulando de um lado para o outro,indo para o trabalho, estudar ou ate mesmo passear. Quando foi que o ônibus se tornou a nossa segunda casa? Como pode um transporte roubar tanto tempo assim. Agora ele tornou-se o maior ponto de encontro que eu já vi. Todos se encontram nele, gente que se vê sempre, gente que faz tempo que não se vê, gente paquerando, quem sabe uma nova amizade. Acontece de tudo no ônibus.
Nele você consegue identificar a personalidade das pessoas, o seu caráter. Tem aqueles que fingem que estão dormindo quando vêem um idoso, uma grávida ou uma criança de colo, mas outros se levantam rapidamente. Alguns ouvem musicas altas outras sem o menor respeito outros utilizam o fone. Tem aqueles que berram ao celular, os que falam alto e você acaba sabendo ate da vida intima deles mesmo sem querer.
Lílian Freitas